- Maus (Pantheon/Divulgação)

Maus: HQ banida sobre Holocausto se torna livro mais vendido nos EUA; entenda

A premiada HQ Maus foi banida de escolas do Tennessee, estado norte-americano, devido a uma cena de nudez e “linguagem questionável”

Redação Publicado em 01/02/2022, às 12h00

Uma das HQs mais influentes da história, a obra Maus foi banida de diversas escolas nos Estados Unidos — e, semanas depois, tornou-se o livro mais vendido do país. O livro fala sobre o Holocausto e foi proibido por conta de alguns “palavrões” e uma “cena de nudez”.

Conforme explicou o Globo, o conselho escolar do condado de McMinn, no Tennesse, proibiu a obra, que narra a vida da família judia do autor Art Spiegelman antes e depois do Holocausto. Após a proibição, o livro Maus voltou a liderar a lista de livros mais vendidos dos Estados Unidos na Amazon na segunda, 31 de janeiro.

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O conselho escolar do condado de McMinn realizou uma reunião em 10 de janeiro de 2022 para decidir sobre o uso da HQ Maus no currículo escolar das turmas da 8ª série. Em votação unânime, a obra foi proibida pela presença de “linguagem questionável” e desenhos de uma mulher nua.

Integrante do conselho, Tony Allman afirmou: “Não precisamos promover esse tipo de coisa. O livro mostra pessoas enforcadas, mostra-as matando crianças. Por que o sistema educacional promove esse tipo de coisa? Não é sábio ou saudável.”

Maus is currently a #1 Amazon best seller pic.twitter.com/SqUxIkuwsQ

— Comic Burrito Show (@TheComicBurrito) January 29, 2022

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Vale lembrar que a obra Maus fez história mundialmente após se tornar a primeira história em quadrinhos a ganhar um Pulitzer, concorrido prêmio norte-americano destinado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical.

Art Spiegelman critica decisão

Autor de Maus, Art Spiegelman criticou a decisão de banir a HQ: “Estou tentando compreender isso direito. Eles estão totalmente focados em alguns palavrões que estão no livro. Eu não posso acreditar que a palavra 'droga' faria o livro ser descartado da escola por conta própria.”

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