Em publicação no Twitter, Neil Gaiman também revelou que viu a primeira adaptação de Sandman no Brasil
Redação Publicado em 28/07/2022, às 12h05
Em antecipação ao lançamento da série de Sandman na Netflix em 5 de agosto de 2022, Neil Gaiman, autor dos quadrinhos nos quais a produção do streaming se baseia, aproveitou para trazer uma curiosidade interessante em uma publicação no Twitter: "Brasil foi o primeiro país a descobrir Sandman."
Além dessa revelação, o escritor aproveitou para elogiar a localização da icônica obra no Brasil: "Os quadrinhos foram publicados lá com traduções em (a honestidade me obriga a admitir) edições bem melhores do que os quadrinhos estadunidenses."
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"Cada edição tinha um detalhe da capa ampliada na contracapa e ensaios ilustrados explicando ou expandindo as coisas nos quadrinhos," continuou Gaiman na publicação. "O Brasil foi o primeiro lugar em que um público subiu ao palco comigo (ok, esse acontecimento foi um pouco assustador)."
Segundo o autor, Brasil foi o primeiro lugar no qual ele viu uma adaptação de Sandman: Mesmo palco um pouco antes, era a parte Oldest Game de Uma Esperança no Inferno. Então, este sou eu dando um alô especial para o Brasil, e todos os leitores brasileiros do Sandman. Bons sonhos! Vemo-nos na Netflix em 5 de agosto."
Each issue had a detail of the front cover blown up on the back cover and illustrated essays inside explaining or expanding upon things in the comic. Brazil was the first place an audience ever rushed the stage with me on it (okay, that one was a bit scary) 2/3
— Neil Gaiman (@neilhimself) July 28, 2022
and the first place I ever saw an adaptation of Sandman (same stage a bit earlier, it was the Oldest Game part of A Hope in Hell). So this is me giving a special shout-out to Brazil, and all the Brazilian Sandman readers. Bons sonhos! See you on Netflix on August 5th. 3/3
— Neil Gaiman (@neilhimself) July 28, 2022
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Após a Netflix anunciar o elenco de Sandman, série baseada nos quadrinhos de Neil Gaiman, surgiram algumas reclamações sobre a escalação de atores negros e não-binários. Porém, o criador da obra defendeu a escolha e criticou quem não entendeu as HQs originais. A informação é da EW.
Em 26 de maio de 2021, o streaming confirmou Mason Alexander Park como Desejo, personagem não-binário nas HQs, e Kirby Howell-Baptiste, atriz negra escalada como Morte, visualmente branca no material original.
A produção e Neil Gaiman foram atacados na internet pela confirmação desses artistas na série de Sandman. O escritor respondeu no Twitter.
"Estou pouco me fo***** sobre o trabalho," respondeu para alguém que o acusou de não proteger os quadrinhos. "Passei 30 anos lutando com sucesso contra filmes ruins de Sandman. Não dou a mínima para quem não entende/não leu a HQ e reclama de Desejo não-binário ou sobre a Morte não ser branca o suficiente. Assista ao programa, decidam-se."
I give all the fucks about the work. I spent 30 years successfully battling bad movies of Sandman.
— Neil Gaiman (@neilhimself) May 29, 2021
I give zero fucks about people who don't understand/ haven't read Sandman whining about a non-binary Desire or that Death isn't white enough. Watch the show, make up your minds. https://t.co/KcNzap8Kt4
Morte e Desejo são irmãos de Sonho (Tom Sturridge), protagonista da série, e integrantes do panteão imortal chamado The Endless, no qual cada um deles incorpora um conceito central do universo.
Embora Morte apareça com pele branca em Sandman, ela não é "branca" no sentido de ser caucasiana, mas um branco literal, como se tivesse a cor de um fantasma.
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EW também relatou: é importante notar como os Endless se manifestam de várias maneiras nos quadrinhos, porque representam conceitos atemporais. Como um fã relembrou em um post, compartilhado por Neil Gaiman, Morte se manifesta como uma jovem chinesa em uma história, enquanto em uma das primeiras edições de Sandman, ambientada na África antiga, Sonho aparece como um homem negro.
No Twitter, John Scalzi, autor de ficção científica, escreveu como Desejo "foi realmente a primeira vez na qual encontrei, na ficção, a ideia de uma pessoa não ser binária. Não consigo me imaginar lendo Sandman e desejando o personagem como qualquer outra coisa."
(note I'd known of androgynous people/presentation and of trans people before Sandman, but those are two different concepts with some possible but not required overlap.)
— John Scalzi (@scalzi) May 29, 2021
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