Igão e Mítico, apresentadores do podcast, explicam que são questionados até hoje pela decisão tomada
Por Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 17/07/2023, às 19h30
Um dos maiores podcasts do Brasil, o PodPah surpreendeu seu público em dezembro de 2021 ao anunciar que traria a seus estúdios Luiz Inácio Lula da Silva, à época ex-presidente da República. O episódio chegou a bater o recorde de acessos simultâneos no YouTube à época, sendo acompanhado por 292 mil pessoas em tempo real.
Apesar do sucesso, parte do público questionou o programa apresentado por Igor Cavalari (Igão) e Thiago Marques (Mítico) por não trazer o também candidato Jair Bolsonaro, à época presidente da República, para o mesmo espaço. Houve quem questionasse a atração virtual por supostamente estar tomando lado em meio à disputa eleitoral, que teve vitória de Lula sacramentada no fim de outubro do ano seguinte.
Por que tal decisão foi tomada? Em declaração ao Conversa com Bial, programa apresentado por Pedro Bial na TV Globo (via TMDQA), Igão e Mítico explicaram a ausência de Bolsonaro na pauta de entrevistados.
Mítico, inicialmente, disse que o PodPah “não é lugar” para Bolsonaro. Ele confirmou o apelo de parte do público para convidá-lo, mas reforçou que ninguém queria trazê-lo.
“Não é lugar para ele lá. As pessoas me trombavam na rua: ‘Você precisa levar [o Bolsonaro no podcast] e tal’, mas as pessoas esquecem que, pra sentar na nossa mesa, nós temos que querer. Eu não sou obrigado!”
Em seguida, Igão assumiu a fala e se aprofundou nas razões. Para o apresentador, o histórico de falas consideradas não-democráticas de Jair Bolsonaro inviabilizaram sua presença na atração.
“O papo mesmo é que a galera pegou e ainda continua pegando no nosso pé até hoje. Falam assim: ‘Mas e a democracia? Mas e o lado democrático?’. Eu até entendo e acho a democracia algo importantíssimo, tem que ter mesmo. Sendo assim, eu não vou levar um cara que tem falas não democráticas, entendeu?”
Igão foi além e destacou que o posicionamento de Bolsonaro “mata o meu povo”.
“Porque tudo que ele prega, mata o meu povo, me mata. Então, eu não quero ele lá e ele não vai lá [no podcast]! Mas é isso e ponto. Não tem mais o que se falar.”
No último dia 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, por 5 votos a 2, o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade pelo período de oito anos. De acordo com a Agência Brasil, o ex-presidente fica impedido de disputar as eleições até 2030. Cabe recurso da decisão.
O TSE julgou a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para criticar e questionar o sistema eletrônico de votação.
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