Ao F5, Brian Cox comenta sobre identificação e conexão da série com o público
Redação Publicado em 13/12/2021, às 08h59
Mais uma vez, Succession deixou sua marca no Emmy Awards. Neste domingo, 12 de dezembro, recebeu o prêmio de Melhor Série de Drama. Em 2019, foi indicado pela primeira vez à categoria (uma das mais nobres da casa) e, em 2020, ao ser novamente nomeado, levou a estatueta de Melhor Série de Drama.
Destaque em premiações e uma das favoritas da crítica especializada, a produção da HBO já foi renovada para uma quarta leva de episódios após o sucesso grandioso das três primeiras temporadas. Em entrevista exclusiva ao F5, Brian Cox, responsável por Logan Roy, falou sobre a receptividade da série.
Sobre o personagem, comentou: "No fundo, também sou bem irritado. Só preciso alcançar esse lugar da raiva e lá está ela. É bem profundo, mas consigo chegar. Sabe, eu tenho as minhas próprias razões para ter raiva - que não vou contar agora! Mas posso ser bem raivoso, então essa é a parte fácil."
Para Brian Cox, embora seja complexo, as disputas por dinheiro e os momentos de ódio são o que geram identificação: "Acho que eles [os personagens] nos lembram de quem somos quando estamos no fundo do poço. É algo familiar - obscuramente familiar - para muitos de nós."
Apesar de serem personagens completamente fora da realidade devido às riquezas, o ator pontua sobre a conexão com os espectadores: "Acho que é porque todos temos ambição. Às vezes, ela é frustrada. Às vezes, nós a enterramos. Às vezes, a seguimos. Às vezes, temos vergonha dela. Acho que a crueza de Succession é o que pega as pessoas. Porque é bem cru de certa forma: a linguagem, os abusos… Às vezes, eu digo: 'Tenho mesmo que dizer isso?'. E eles me falam: 'Podemos te dar uma fala alternativa...' 'Tá bom, eu falo'."
Cox pensa que o criador da série, Jesse Armstrong, é o responsável por construir essa narrativa de uma maneira incrivelmente identitária: "Essa é a habilidade do Jesse, é o que ele consegue fazer: ele atrai as pessoas para a série de uma forma brilhantemente incrível. As pessoas são fisgadas. Como peixes, elas caem no anzol."
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