Redação Publicado em 06/04/2009, às 19h44 - Atualizado em 12/05/2009, às 21h26
Neil Young
Fork in the Road
Reprise/Warner
Cantor forja mais um álbum baseado em interesses automotivos
A “Mira” no capô de um Lincoln ´59 em Chrome Dreams II (2007) tinha alvo certo: a estrada. Em um passeio bem country folk, os faróis de Neil Young lampejavam o que hoje é o projeto LincVolt, desenvolvido ao lado do engenheiro Johnathan Goodwin: cruzar os EUA em uma banheira de 2,5 toneladas, atestando que baterias autorecarregáveis e um motor híbrido e ambientalmente correto podem aguentar, sim, o tranco. 500 cavalos, máxima de 260 km/h. O veículo ecologicamente correto de Young é a companhia perfeita na pista e musa inspiradora de Fork in the Road. O disco já larga pesado na toada do hard rock blues “When Worlds Collide”. Como se tratasse uma dama, porém, Young segue ora pelas curvas da garage soul (“She Runs So Quiet”), ora do southern rock (“Get Behind the Wheel”). O cansaço ao volante se deixa transparecer no clima arrastado de “Off the Road” – a noite cai num ritmo mais lento, dedilhado. Mas Young desperta na última faixa, blues sujo que dá nome ao disco, e sai cantando pneus contra os picapes a gasolina, a Guerra no Iraque, os downloads, a energia desperdiçada em tanta tecnologia e tc... Uma estrada bifurcada que leva a dois mundos: o real e o dos sonhos cromados de Neil Young.
Caco Ishak
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio