Redação Publicado em 10/07/2009, às 17h50
O Gênio Louco do Pop Inglês
Acabou de estrear na Inglaterra o filme Telstar – The Joe Meek Story, que retrata a vida e a morte do lendário produtor britânico Joe Meek. No pop inglês pré- Beatles, Meek deu as cartas, criando hit atrás de hit e revolucionando a forma como a música era produzida. Basta dizer que Joe Meek foi um verdadeiro precursor da música eletrônica – ele distorcia os sons e criava timbres artificialmente. O uso de teclado em várias de suas canções antecipou muita coisa que viria pela frente. Meek começou como engenheiro de som e logo se tornou um produtor independente, licenciando fonogramas para várias gravadoras até abrir seu próprio selo, o RGM. Ele gravava tudo em seu estúdio caseiro na Holloway Road, no norte de Londres. Meek foi responsável por grandes hits como “Johnny Remember Me” (John Leyton), “Telstar” (Tornados), “Just Like Eddie” (Heinz), etc. Ele também concebeu I Hear a New World (1960), um dos primeiros álbuns conceituais da história do rock. No staff de músicos de estúdio de Meek estavam os futuros astros Jimmy Page, Richie Blackmore e Jeff Beck. A chegada dos Beatles tirou um pouco do brilho de Meek, mas ele continuou gerando sucessos como “Have I the Right” com The Honeycombs. Paranoico, viciado em pílulas, homossexual e praticante de magia negra, o produtor se suicidou no dia 7 de fevereiro de 1967, logo depois de ter matado a proprietária do local onde morava e trabalhava. A caixa The RGM Legacy – Portrait of a Genius (Sanctuary), com quatro CDs, traz uma parte da produção de Joe Meek e ainda é a melhor introdução ao trabalho desse gênio louco.
Por Paulo Cavalcanti
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