Jay & The Americans defenderam o pop americano contra a invasão britânica - DIVULGAÇÃO

ACERVO PESSOAL

Redação Publicado em 05/11/2009, às 12h57 - Atualizado às 12h58

Sonoridade Americana

Quando os Beatles estouraram em 1964, os artistas americanos tiveram que se render aos novos sons da Inglaterra. No caso de Jay & The Americans, isto não aconteceu. O grupo baseado em Nova York seguiu com a tradição das harmonias vocais e do doo wop como se nada tivesse acontecido. Jay Traynor, Howard Kane, Kenny Vance, Sandy Deanne e Marty Sanders foram descobertos pelos legendários produtores Jerry Leiber e Mike Stoller, que conseguiram para eles um contrato com a United Artists. “She Cried” fez um sucesso enorme em 1962, mas os singles seguintes não foram tão bem sucedidos, o que motivou a saída de Jay Trainor. Em seu lugar entrou David Blatt, que para se adequar, trocou o nome para Jay Black. O novo cantor tinha um vocal quase operístico e levou o grupo a uma nova fase. “Only In America”, “Come A Little Bit Closer”, “Let’s Lock The Door” e “Cara Mia” estiveram no hit parade durante o período 1963-64. Mas desentendimentos internos e troca de produtores levaram o grupo a tentar mudar seu som, flertando com o sunshine pop e psicodelismo durante 1966-68. As tentativas não foram bem-sucedidas. Em 1969, o grupo, prevendo a crescente onda de nostalgia, voltou às raízes. “This Magic Moment”, retirada do álbum Sands Of Time, restaurou a boa sorte do grupo. Em seguida veio “Walking In The Rain”, outro hit. Ironicamente o grupo se separou logo depois disto e nestas últimas décadas os integrantes batem cartão no circuito de oldies. A recém-lançada coletânea tripla The Complete United Artist Singles dá uma boa geral na carreira do grupo.

POR PAULO CAVALCANTI

Leia também

Angry Cyclist


When Was The Last Time


God’s Favorite Customer


Libido


Liberation


Tanto Ódio