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Redação Publicado em 06/08/2010, às 05h48 - Atualizado às 05h48

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Adoniran – 100 Anos

Lua Music

Elenco heterogêneo celebra os 100 anos de Adoniran Barbosa

Sem saudade das malocas que construíram a figura de Adoniran Barbosa (1910–1982) no imaginário popular, Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra desviam o “Trem das Onze” dos trilhos da reverência que pontua o álbum coletivo produzido por Thiago Marques Luiz para celebrar o centenário de nascimento do compositor que até hoje é a mais perfeita tradução do samba de Sampa. Por isso mesmo, a dupla Antunes/Scandurra se diferencia no elenco heterogêneo que vai do kitsch Markinhos Moura (aquele da adocicada balada “Meu Mel”, hit radiofônico dos anos 80) a Zélia Duncan. Distante da via eletrônica transitada por Antunes & Scandurra, Diogo Poças destina fina melancolia em “Prova de Carinho” enquanto Wanderlea, sem perder a ternura, tenta entrar na roda informal do “Samba do Arnesto”. Entre a verve de Maria Alcina (“Um Samba no Bixiga”/“Plac Ti Plac”) e a ligeira em postação de Cauby Peixoto (“Bom Dia Tristeza”), Adoniran – 100 Anos joga luz sobre obras pouco ouvidas, já que, aos olhos do Brasil, o cancioneiro de Adoniran se esgota em cinco ou seis standards bem conhecidos.

Mauro Ferreira

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