PAULO CAVALCANTI
Publicado em 09/08/2011, às 10h32 - Atualizado em 20/08/2011, às 15h48Manu Santos
Nossa Alegria
Saladesom
Novas cantoras apostam em baladas, sambas e regravações
Como é de praxe, novas cantoras brotam a cada dia. A oferta é enorme e muitas nem serão ouvidas, para a infelicidade delas. Por outro lado, algumas têm pedigree e mesmo escorregando em alguns clichês conseguem sobressair. Aline Muniz, por exemplo, tem uma mãe ilustre, Angelina Muniz, conhecida atriz. Aline não é exatamente novata – o seu primeiro trabalho saiu há três anos. De voz pequena, sabiamente não envereda por sambas ou aventuras rítmicas. O melhor do disco são as baladas orquestradas, com muitos violoncelos e pianos semiclássicos misturados a violões, como pode ser ouvido em “Penso em Você”. Mas tem espaço para a MPB pop e até country em “Pesadelo”. Outra filha de famoso que se aventura é Marya Bravo. Seu pai era o falecido Zé Rodrix, um compositor que nunca teve sua obra devidamente revisitada quando esteve vivo. E é o que Marya faz bravamente aqui, interpretando com inteligência coisas mais óbvias do catálogo dele (“Casa no Campo”, “Mestre Jonas”) e notáveis obscuridades (“Eu Vou Comprar Esse Disco”, “Hey Man”). Já a carioca Manu Santos investe no samba, mas interpretado de forma jovial, assim como a já consagrada Aline Calixto, referência óbvia aqui. Cantora tecnicamente razoável, Manu aposta na diversidade, gravando canções de nomes como Marcelo Camelo, Giana Viscardi, Caetano Veloso e Ivan Lins.