Redação Publicado em 12/11/2010, às 01h22 - Atualizado às 01h24
Milton Nascimento
...E a Gente Sonhando
EMI/Nascimento Música
milton sempre se dá bem quando seus discos trazem a ideia de um novo movimento. Isso se deu com os álbuns Clube da Esquina e Pietá, especificamente quando deu oportunidade a novatos. Agora, com ... a Gente Sonhando há um retorno à sua mítica Três Pontas. Lá, Milton reuniu jovens músicos e compositores. Escolheu, entre eles, três intérpretes, Bruno Cabral, Ismael Tiso Jr. e Paulo Francisco e ainda um grupo de vozes que formam um coral. Também se cercou de músicos experien- tes, como Wagner Tiso ao piano, presente em 11 das 16 faixas. A melhor notícia é que a voz límpida de Milton volta a brilhar, como se a beleza de seu principal instrumento crescesse à medida da sua felicidade com o acerto do projeto. A faixa-título, “E a Gente Sonhando”, é uma das composições mais antigas de Mil- ton, do ano de 1965, e a primeira de sua autoria que foi registrada em disco, em versão instrumental pelo Tempo Trio, e depois, em 1972, por Alaíde Costa. Além de inéditas do próprio Milton e de seus parceiros de sempre e da nova turma, há também registros de canções já conhecidas como “Adivinha o Quê?”, de Lulu Santos, “Flor de Ingazeira”, de João Bosco e “Estrela Estrela”, de Vitor Ramil (já gravadas por Gal e Maria Rita), onde aparece o agudo perfeito de Milton. E o dis- co tem até um manifesto existencial: “Medo, eu não te escuto mais, você não me leva a nada... pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou”, em uma perfeita combinação da voz de Milton e do coro, na faixa “O Sol”.
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