Savages
Jon Dolan Publicado em 24/02/2016, às 15h20 - Atualizado em 07/04/2016, às 19h19
Com a capa que apresenta um punho fechado e o som feito de pós-punk violento e primal, seria de esperar que o segundo disco da banda londrina Savages viria como um longo manifesto contra tudo. Mas a música do grupo é impulsionada por emoções que são quase sempre inaudíveis no gênero que nos deu Joy Division e Public Image Limited: “Amor é a resposta”, as integrantes aconselham. É quase chocante, já que esse verso vem sobre uma parede de guitarras distorcidas e um ataque forte de bateria em “Answer”. As letras afirmativas da vocalista, Jehnny Beth, e os vocais tórridos e urgentes ao estilo de Siouxsie Sioux elevam as guitarras atmosféricas e os ritmos marcados, dando a canções como “I Need Something New” e “Evil” uma espécie de grandiosidade. Na fervilhante “Sad Person”, Jehnny atravessa um abismo de solidão para se conectar com uma alma atormentada – “Eu não vou te machucar/ Porque estou flertando com você”, ela canta. A letra da surpreendente faixa-título poderia se passar como uma balada (“Talvez eu morra, talvez amanhã, então eu preciso dizer que adoro a vida”). É assim que o Joy Division soaria se Ian Curtis tivesse encontrado os antidepressivos certos.
Fonte: Matador
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