Músicos pernambucanos se mostram inventivos em esperado disco. -

Alexandre

Mombojó

Lucas Brêda Publicado em 15/07/2014, às 16h23 - Atualizado às 16h29

Dez anos após a estreia, com Nadadenovo, o Mombojó se mostra preocupado como nunca em expandir os limites sonoros, quebrando com a ideia da canção e criando um disco pessoal, espontâneo e conceitual. Da primeira à última faixa, Alexandre aparece como um personagem, ao mesmo tempo saudosista (“Hortelã” e “Summer Long”) e inventivo (a instrumental “Ping Pong Beat”, guiada pelo barulho de bolinhas batendo na mesa), inserido de maneira indissociável na contemporaneidade (“Rebuliço” foi composta em um aplicativo de smartphone). Com o novo disco, o Mombojó traz de vez o protagonismo para o experimentalismo baseado na música eletrônica, antes tímida em Amigo do Tempo (2010). Surgem arranjos mais elaborados, como em “Hello” e “Cuidado, Perigo!”, fazendo faixas antigas e bem resolvidas, como “Deixe- se Acreditar”, soarem quase arcaicas. A banda ainda deslumbra com a imagética “Diz o Leão” e a nostalgica “Summer Long”, que tem a participação da francesa Laetitia Sadier, da banda Stereolab. Alexandre pode ser um caminho sem volta, mas é o disco mais interessante do Mombojó desde Nadadenovo.

Fonte: Slap/Som Livre

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