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Blues Funeral

Mark Lanegan Band

MARIANA TRAMONTINA Publicado em 09/03/2012, às 12h45 - Atualizado em 12/03/2012, às 18h22

Ex-Screaming Trees ressurge eletrônico, mas sem fugir da estética soturna

Nos sete anos que separam Blues Funeral do último disco solo, Bubblegum, Mark Lanegan não ficou inativo. Fez parcerias com Queens of the Stone Age, Twilight Singers e Isobel Campbell, mas guardou cartas para o novo trabalho. Aqui, o ex-Screaming Trees transita entre o habitual sombrio e o eletrônico, este discretamente abordado no álbum anterior. Desta vez, os sintetizadores encontram mais espaço ao recapitular influências de New Order, Depeche Mode, Kraftwerk e U2 (ouça “Harborview Hospital”). Parece algo improvável na discografia de Lanegan, mas tudo se encaixa com o clima lúgubre das composições. O single de abertura, “The Gravedigger’s Song”, dilacera guitarras distorcidas e um baixo martelante. Vale destacar os riffs poderosos de Josh Homme em “Riot in My House”, os vocais harmônicos de Greg Dulli em “St. Louis Elegy” e o duelo de vozes com Chris Goss em “Leviathan”. O álbum não foge da estética soturna típica do vocalista, o que é bom – quem quer ouvir algo diferente naquela inconfundível voz grave? Hipnotizantes, melodias e arranjos trazem um senso de beleza que fazem de Blues Funeral um perfeito atestado de ressurreição.

Fonte: 4AD

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