Bobby Womack
Zeca Azevedo
Publicado em 13/09/2012, às 10h09 - Atualizado às 10h11Novo trabalho do lendário soul man não tem energia e decepciona
Bobby Womack sempre foi um espírito livre que negou-se a abaixar a cabeça para os poderosos. Por causa da rebeldia e do comportamento pessoal errático, foi marginalizado e não obteve o sucesso que outros artistas de R&B conquistaram, apesar de produzir LPs magníficos para o selo United Artists nos anos 70. Aos 68 anos, Womack é um dos últimos depositários do legado musical de Sam Cooke, de quem foi uma espécie de afilhado artístico. Mas o disco decepciona. Os arranjos modernosos, presente de grego dos produtores Damon Albarn e Richard Russell, sabotam a música do cantor. Algumas gravações estão entre as piores que Womack já realizou. O dueto com a insípida Lana Del Rey é desperdício de tempo. Só “Deep River”, acústica, faz justiça ao talento de Bobby Womack, um bravo que não tem medo de errar. E que erra, como bem prova o álbum.
Fonte: Lab344