Blink-182
Jon Dolan
Publicado em 20/07/2016, às 22h25 - Atualizado em 27/09/2016, às 14h16Passaram-se mais de 20 anos desde o lançamento do primeiro disco do Blink-182, Cheshire Cat (1995). Depois do auge e de uma fase morna com Blink-182 (2003) e Neighborhoods (2011), dois trabalhos estranhamente contidos, em California a banda procura resgatar o som da era de ouro do punk pop californiano. O vocalista e guitarrista Tom DeLonge, que definia a imagem do Blink com seu jeito gozador e confrontador, ficou para trás em 2015, deixando o baixista e cofundador, Mark Hoppus, e o baterista, Travis Barker, juntando os pedaços; eles chamaram, então, um novo reforço, Matt Skiba. “Faz muito tempo desde que tínhamos 17 anos”, Hoppus admite na nostálgica “Bored to Death”. Skiba, sabiamente, não tenta imitar DeLonge, funcionando mais como um assistente de Hoppus. Ainda que se sinta falta do ímpeto de DeLonge, o fato é que California é o disco mais contagiante do Blink desde Take Off Your Pants and Jacket (2001) uma festa de riffs ensolarados e refrãos repletos de “na-na-na”. Em faixas como “No Future” e “Kings of the Weekend”, os ganchos se empilham como latas vazias de cerveja. Em seus melhores momentos, California mostra o Blink-182 injetando frescor a fórmulas do passado.
Fonte: Sony