Mariana Aydar
C.E.L
Publicado em 13/10/2011, às 12h21 - Atualizado em 14/10/2011, às 15h02Terceiro disco da cantora paulista atesta que sua carreira está em evolução
Longe do mar de mesmice das novas cantoras brasileiras, onde só há repetição ou modernidade
vazia, Mariana Aydar se mostra como uma artista talentosa e preocupada em encher seu canto e canção com um algo mais que pode ser simples cuidado na produção ou uma verdadeira e ingênua vontade de passar amor, paz e felicidade pela música. Cavaleiro Selvagem é, segundo ela, um aceno a uma naturalidade humana meio esquecida hoje em dia. Cabem aqui a produção e o approach do maestro baiano Letieres Leite, o criador da emblemática Orkestra Rumpillez, e uma capacidade de processar sonoridades atuais, nunca vazias. Essa simples escolha já dá ao disco uma moldura musical mais apurada. Além disso, Mariana não tem qualquer compromisso com o rock, o que valoriza sua obra e a livra de qualquer cobrança. Há espaço para uma boa versão para “Nine Out of Ten”, de Caetano Veloso, assim como “Galope Rasante”, de Zé Ramalho, e “Vai Vadiar”, famosa na voz de Zeca Pagodinho. Ela também não deixa o nível cair na bela “Teu Sorriso”, cantada com Dominguinhos, e na simpática “Homem da Perna de Pau”, reatando o vínculo de Mariana com o forró. Espontânea, plural, olhando para a frente e com pé no chão, Mariana Aydar sabe como fazer.
Fonte: Universal