Rush
Bento Araújo Publicado em 06/07/2012, às 15h58 - Atualizado às 16h00
Para o trio, olhar para o passado agora pode ser fatal
Ao adentrar sua quinta década de atividade, parece que o Rush chegou em uma encruzilhada: conquistar novos fãs ou apenas agradar aos antigos? Clockwork Angels traz uma produção moderna, frenética e pesada, mas por baixo disso temos o Rush atuando na zona de conforto. Falta o ímpeto de novidade de um Permanent Waves ou de um Signals. Artisticamente, o grupo anda estagnado. Agora, nada de flertar e interagir com o meio musical externo mantendo sua própria identidade – essa foi a grande sacada de outrora. “Caravan” e “BU2B”, as duas primeiras faixas, foram lançadas como single há dois anos e testadas exaustivamente ao vivo. A pesada “Headlong Flight”, o novo single, evoca vibrações da primeira fase do trio, como aquelas contidas em “Bastille Day”. As melódicas “The Garden” e “Halo Effect” vão embalar namoricos nerds. Tanto a faixa-título como “The Anarchist” soam como o Rush da década de 90. A idade chegou para o trio e, com ela, a nostalgia. O fato é que os fãs levam o grupo muito mais a sério do que eles próprios. Os “torcedores” têm um certeiro novo monumento sonoro de idolatria. Já Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart devem estar gargalhando pelo fato de, mesmo com tanta água tendo passado por debaixo da ponte, eles permanecem os mesmos.
Fonte: Roadrunner/Warner
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