The Vaccines
Pablo Miyazawa
Publicado em 13/09/2012, às 10h03 - Atualizado às 10h05À vontade, banda inglesa confirma status adquirido em primeiro álbum
O Vaccines foi considerado a “salvação do rock” apenas porque o rock não tinha mais ao que apelar. E, se o rock não precisa ser salvo (já que ninguém se importa mesmo), a banda decidiu focar-se na própria indulgência. Após questionarem nossas expectativas (em What Did You Expect from the Vaccines? ), eles se assumem envelhecidos em Come of Age, energizados por um ano de bagagem e experiências. As autorreferências jocosas – a ideia de fazer sucesso e lidar com as consequências – são muletas recorrentes em se tratando do Vaccines, que experimenta a esmo só pelo prazer de provar um ponto. Mas não se nota a falta de polimento, já que as faixas soam como frutos de músicos confiantes. Se os singles são ótimos – “No Hope”, “Teenage Icon” –, há surpresas – “I Always Knew”, “Weirdo” – que denotam voos futuros mais profundos. Hoje, já é adequado esperar que o Vaccines se mantenha interessante por muito tempo. Seria pedir demais?
Fonte: Columbia/Sony