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The Devil Put Dinosaurs Here

Alice in Chains

Pablo Miyazawa Publicado em 12/04/2013, às 13h47 - Atualizado em 10/03/2014, às 15h41

Banda veterana se renova sem perder identidade

O aspecto que mais salta aos ouvidos na música do Alice in Chains não são os riffs afiados e cavernosos ou a temática tenebrosa/ depressiva; o trunfo sempre esteve na genial combinação das vozes de Layne Staley e de Jerry Cantrell. Unidas, elas se entrelaçam em harmonias hipnóticas, geram pesadelos climáticos e autenticam a assinatura do grupo, um dos mais subestimados da tal “geração Seattle”. Staley morreu em 2002, o que deixou o AIC em hiato até retornar com novo integrante, o bem-intencionado William DuVall. E se o primeiro trabalho com a nova formação (o mediano Black Gives Way to Blue, de 2009) deixava nebuloso o fato de DuVall ser ou não um substituto direto de Staley, o novo disco não deixa dúvidas: ele não é. Desapegado do passado, o Alice in Chains finalmente soa como outra banda, e The Devil Put Dinosaurs Here sintetiza as pretensões de mudança. Emular uma sonoridade perdida da década de 90 já não é mais o plano principal, apesar de os elementos típicos permanecerem detectáveis – vocais sempre em uníssono, guitarras afiadas, eventuais lampejos acústicos – em faixas como “Hollow”, “Stone”, “Phantom Limb” e “Choke”. Não são muitos os artistas que conseguiram descer fundo ao inferno e sobreviver, para então se arriscar a fazer diferente. Aparentemente, Cantrell enfim conseguiu deixar a alma de Staley descansar em paz.

Fonte: EMI

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