FAZENDO POSE (Da esq. para a dir.) Will.i.am, Fergie, Taboo e Apl.de.ap - DIVULGAÇÃO

Feroz na Pista

Redação Publicado em 10/07/2009, às 14h45 - Atualizado às 14h46

Black Eyed Peas

The E.N.D.

Universal

Trupe oferece hits em potencial para as rádios e as casas noturnas vão cair de cabeça nos novos sons

Existe um clichê da crítica musical que diz: “um disco se prova bom quando resiste ao teste do tempo”. Não é sempre verdade. Um álbum pode ser bom (e fazer sentido) em um período determinado de tempo. Dá para comparar com a diferença entre amor e sexo: o primeiro pode durar, o segundo pode ser intenso e passageiro. The E.N.D. (sigla para “a energia nunca morre”, em inglês) é puro sexo casual (apesar da metáfora, é bom dizer que a versão lançada no Brasil é a censurada, sem os poucos “fuck” que apareciam nas faixas originais). Will.i.am se sai muito bem como tradutor de tendências musicais – como produtor de quase todas as músicas, ele passeia com habilidade pelo som retrô do duo alternativo Chromeo (em “Alive”), pelo “rock” robótico do Daft Punk (em “Rock Your Body”, coproduzida pelo DJ David Guetta) e até se entrega ao pop estilo “FM dos anos 90” (em “Missing You” e “Meet Me Halfway” – e aqui Fergie se entrega ao vocal estilo Corona, aquela brasileira que fez sucesso em “The Rhythm of the Night”. Tudo processado para consumo em massa, com as arestas bem aparadas. O Black Eyed Peas tem, portanto, munição para frequentar as paradas pelo menos até 2010. “Boom Boom Pow” (hit no Brasil, primeiro lugar nos Estados Unidos) e “I Gotta a Feeling” já emplacaram, mas o grupo tem uma boa dezena de singles em potencial. Se daqui a dez anos o trabalho ainda vai ser lembrado como clássico? Provavelmente não. Mas com certeza vai trazer boas lembranças.

PAULO TERRON

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