Prince
Kory Grow Publicado em 24/02/2016, às 15h24 - Atualizado em 15/04/2016, às 20h04
Em 2014, prince lançou plectrumelectrum e Art Official Age, dois álbuns que resgatavam a sonoridade básica que ele fazia em seus tempos áureos. Mas a repercussão dos discos não foi tão grande. No quesito de balanço, ele foi vencido no ano passado por Bruno Mars e Mark Ronson, que com “Uptown Funk” levaram o som de Minneapolis ao primeiro lugar. Mas em setembro de 2015 Prince veio com HitnRun Phase One, que trazia o músico flertando com a EDM em meio a canções pop dançantes. Nesta segunda parte, que tem arranjos de metais e letras sacanas, ele se posiciona em seu papel natural de mestre do soul e funk. É o disco mais consistente dele em muitos anos. Prince parece se divertir. “Em Look at Me, Look at U”, o músico fala que “até Ray Charles pode ver” a química que ele tem com uma mulher (“Stevie Wonder também pode”). Na elástica “Stare”, ele diz: “Posso dar um beijo em você?”, antes de citar o icônico riff de guitarra de “Kiss”. Ele também dá vazão à libidinagem: “Toda vez que você quiser tomar um banho comigo, é só me ligar”, ele canta em “Xtraloveable”. Mas as gracinhas inseridas nas letras nunca se sobrepõem à musicalidade do trabalho. Os solos afiados e temperados com blues brilham do começo ao fim – basta ouvir “Baltimore”, um momento sério do trabalho. É um tributo a Freddie Gray, rapaz que morreu no ano passado sob circunstâncias questionáveis enquanto estava sob custódia da polícia. Com Prince tão eclético quanto pode ser, Phase Two mostra o que o artista sabe fazer de melhor.
Fonte: NPG
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