Michael Kiwanuka - divulgação

Home Again

Michael Kiwanuka

MARIANA TRAMONTINA Publicado em 13/04/2012, às 10h41 - Atualizado às 10h45

Estreia de britânico é moldada pelo passado

Quando lançou o EP Tell me a tale - the isle of wight Sessions, em abril de 2011, Michael Kiwanuka foi alçado à prateleira da música soul contemporânea graças a uma forte influência da música negra norte-americana. Três meses depois, o segundo EP, I’m Getting Ready, trouxe três novas baladas, desta vez evocando uma inspiração folk nas cordas do violão. Adotado pelo selo Communion Records, casa de novos talentos criada por Ben Lovett (integrante do Mumford & Sons), Kiwanuka chega a seu disco de estreia apoiado por uma grande distribuidora e pela aprovação da rede BBC como “promessa da música em 2012”. Home Again repousa numa encruzilhada de folk, blues e soul dos anos 60 e 70, de Bill Withers, Otis Redding e Van Morrison. A capa em tom sépia é a chave para um universo moldado pelo passado: do timbre da voz à escolha dos arranjos, o tom de flautas, a bateria jazzística e os backing vocals, tudo soa vintage, mas sem parecer forjado. Sua narrativa também foge da atual lamentação amorosa dos cantores do novo soul: Kiwanuka – criado em Londres pelos pais nascidos em Uganda – está mais preocupado em encontrar paz de espírito e tranquilidade, como uma alma antiga em um corpo jovem que ainda tem muito a dizer.

Fonte: Polydor/Universal

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