Fiona Apple
Carlos Eduardo Lima Publicado em 06/07/2012, às 16h21 - Atualizado às 16h24
Cantora transita em mundo próprio
Fiona é talentosa, bonita e muito, muito estranha. Pouco restou da enfant terrible que surgiu para o mundo em Tidal, seu primeiro disco, lançado em 1996. A menina cresceu, tornou-se uma competente cantora de um estilo que tangencia o pop, namora com o jazz e nunca chega no rock. Gente como Tori Amos também orbita esse lugar estranho, com canções feitas ao piano, vocais elementais e clima de pós-apocalipse contemplativo. Fiona é económica em tudo – afinal, este é apenas o quarto álbum que ela lança, desta vez totalmente calcado em piano e voz, além de uns efeitos esparsos aqui e acolá, cortesia do baterista e produtor Charley Drayton. O que parece chato e hermético se transforma em altamente interessante logo na abertura com “Every Single Night” e vai adiante, passando por momentos de clareza (“Jonahthan”, “Left Alone”) e de trevas (“Daredevil”, “Werewolf”). A sensação que fica após a audição completa de seu quarto álbum é que Fiona chegou num paralelo à fase jazz de Joni Mitchell, lá no fim dos anos 70. Não existe maior elogio para uma cantora na atualidade.
Fonte: Epic/Sony
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio