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Insular

Humberto Gessinger

Marcelo Costa Publicado em 14/10/2013, às 15h48 - Atualizado em 15/10/2013, às 13h42

Ex-líder do Engenheiros do Hawaii enfim estreia solo

Próximo de completar 30 anos de carreira, Humberto Gessinger enfim lança um disco realmente solo. Retomando o contrabaixo e soando como sempre soou, ele reforça a personalidade forte que sempre saltou aos ouvidos, independentemente do formato e dos músicos com quem estivesse tocando (Engenheiros do Hawaii, Pouca Vogal, HG Trio). Dessa forma, é possível destacar faixas avulsas de Insular e distribuir em sua vasta e diversificada discografia, especialmente do trio que o deixou famoso. “Bora” poderia estar em Várias Variáveis (1991), não só pela aliteração “bora / boreal”, enquanto as gauchescas “Recarga” e “Milonga do Xeque-Mate” remetem à fase Gessinger, Licks e Maltz (1992). A ótima “Tudo Está Parado” parece um outtake de Surfando Karmas & DNA (2002), e por aí vai. Vários convidados marcam presença: Bebeto Alves, Rodrigo Tavares (Esteban), Luis Carlos Borges, Frank Solari e Neil Young, que “empresta” a frase mítica de “Hey Hey My My” para o refrão de “Segura a Onda, Dorian Gray”, em que Humberto (acompanhado de Nico Nicolaiewsky, do Tangos & Tragédias) admira o personagem de Oscar Wilde enquanto percebe: “Caralho, como estou ficando velho!” Está, mas continua exatamente o mesmo Humberto Gessinger de sempre. Ainda bem.

Fonte: Stereophonica

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