Hit Reset
Sophie Weiner Publicado em 15/08/2016, às 16h37 - Atualizado em 27/09/2016, às 13h30
Quando Kathleen Hanna revelou, em 2010, o projeto The Julie Ruin, depois de permanecer afastada dos palcos por causa da doença de Lyme, as expectativas eram altas. Felizmente a esperada estreia, Run Fast (2013), foi um triunfo. O CD transbordava energia e sensação lo-fi , além de trazer a filosofia “faça você mesmo”, que ajudou o Bikini Kill a inspirar o movimento riot grrrl. Neste novo álbum, Kathleen achou um meio-termo entre a intensidade do Bikini Kill e o atrevido electro-pop que tornou o Le Tigre, seu projeto subsequente, uma banda cultuada. Hit Reset soa um pouco mais suave do que estamos acostumados a ouvir dela, mas os poderosos vocais da cantora, seu carisma e determinação seguem firmes.
Tem punk grudento genuíno aqui, como a furiosa “Hello Trust No One”, em que ela se gaba: “Eu posso tocar guitarra e depilar as pernas em um carro em movimento”. “Closer”, que fecha o álbum, é uma balada emocional. E em “Let Me Go” ela explora até o território do dream pop. É difícil para lendas vivas criarem material novo que não soe como um mero eco de seus trabalhos inovadores do passado, mas Kathleen Hanna consegue escapar disso. E mesmo aqueles que ouvirem Hit Reset sem conhecerem o catálogo prévio da artista vão ficar encantados.
Fonte: Hardly Art
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