Deftones
Érico Fuks
Publicado em 14/02/2013, às 12h59 - Atualizado às 13h01Sétimo álbum de estúdio comprova constante evolução
Se depender do Deftones, sempre dá para melhorar o que já está ótimo. Prova disso é o novo disco, Koi No Yokan (premonição de amor, numa tradução aproximada), que supera o competente e comedido Diamond Eyes, o último trabalho. Contando com a mesma formação (Sergio Vega, substituindo o baixista original, Chi Cheng, que se recupera das sequelas de um acidente de carro) e com o mesmo produtor (Nick Raskulinecz, que já trabalhou com Coheed & Cambria e Alice in Chains) do disco anterior, Koi No Yokan apresenta um resultado ainda mais potente e coloca em máxima frequência os contrastes entre as pegadas raivosas presentes nas faixas “Leathers” e “Goon Squad” e as texturas melódicas de “Romantic Dreams” e “Rosemary”. Essa harmonização de elementos opostos se deve não só à entrega do grupo para a realização de uma obra coesa, mas também ao carisma e à versatilidade do líder, o vocalista Chino Moreno. Aqui, ele se sente ainda mais à vontade para expor seus berros metálicos, os gemidos e sussurros, sua marca registrada. Com o passar do tempo, o Deftones vem mostrando que não se prende a tendências e estilos muito definidos e está acima dos rótulos de gênero. Poucas bandas conseguem tal proeza.
Fonte: Reprise/Warner