Redação Publicado em 10/02/2009, às 13h26
Lily Allen
It’s Not Me, It’s You
Capitol/EMI
Garota mostra que só tem atitude longe do estúdio de gravação
Nos últimos tempos, Lily Allen causou. Bebeu demais em festas, apareceu em fotos sem calcinha, brigou com Elton John durante uma premiação, trocou alfinetadas com Katy Perry e até foi presa por agressão. Mas toda esta pretensa atitude e autenticidade não foi transmitida para seu segundo disco. As influências de reggae, ska e até mesmo rap (nos vocais acelerados) que a cantora apresentava no seu primeiro trabalho Alright, Still já não fazem mais parte do atual. Nem mesmo na faixa “Fuck You”, onde Lily escracha e solta o verbo pra cima do ex-presidente dos EUA George W. Bush, ela consegue ser mais agressiva. Mesmo com a letra irônica e desbocada, a melodia faz lembrar algum musical da Disney. Embora a maioria das faixas siga a linha das músicas calmas, ideais para ouvir enquanto se deixa os pensamentos fluir, é possível identificar batidas eletrônicas em algumas delas. Em “Everyone’s At It” isto fica evidente. Mesmo assim, é difícil que alguém se empolgue em se levantar da cadeira para dançar. Pode até não parecer, mas It’s Not Me, It’s You é um álbum pop, tão pop quanto de Britney Spears, cantora da qual Lily fez um cover de “Womanizer” e jogou no YouTube – o vídeo teve mais acessos do que seu próprio primeiro single, “The Fear”. A londrina vai ser festejada por seus fãs adolescentes, mas não muito mais do que isto.
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