Tame Impala
PEDRO ANTUNES
Publicado em 22/10/2012, às 16h49 - Atualizado às 16h50Australianos se aprofundam no rock psicodélico, com mais efeitos e ruídos
Antes mesmo do primeiro disco do Tame Impala, Innerspeaker (2010), ser lançado, seu sucessor já era criado. O novo Lonerism, segundo álbum do grupo criado e guiado por Kevin Parker é, exatamente por isso, uma progressão natural – um tímido passo à frente. O segundo trabalho dos australianos reforça a estética de psicodelia sessentista: vocais multiplicados incorporam um espírito beatlemaníaco de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band a batidas robóticas e delirantes. O álbum abre com “Be Above It”: a bateria seca sobe aos poucos e conhecemos lentamente a construção melódica de Parker. Camada por camada, sintetizadores chegam por todos os lados, até a voz explodir e deixar um rastro reverberando. Munido de pedais e efeitos, Parker brinca mais com ruídos e distorções e acerta nas melodias dançantes de “Mind Mischief” e “Music to Walk Home by”. Hipnose na certa.
Fonte: Modular Recordings