Redação Publicado em 05/11/2009, às 12h17 - Atualizado às 12h17
Lulina
Cristalina
YB
Em uma primeira impressão, Lulina é um ser inusitado, algo a meio caminho entre Mallu Magalhães e Fernando Catatau do Cidadão Instigado. Essa recifense radicada em São Paulo tem uma espécie de tesouro secreto, o repertório de nove discos caseiros lançados em oito anos, enquanto tem trabalhado como publicitária – todos eles repletos de pequenas maluquices poéticas e sonoras, embaladas num acabamento fofo e gentil. Mas a produção de seu primeiro álbum “industrial” achou um polimento adequado, low profile, mas suficientemente profissa, para revelar uma personalidade um pouco mais sexy, irônica e densa do que a tal cremosidade faz supor. Passe sem dar muita atenção pela mitologia um tanto pueril da Lulilândia da capa, e se concentre nas letras com mais potencial polêmico, como o pós-feminismo de “Meu Príncipe” e “A Margarida”, a hipocondria de “Blebs” e “Jerry Lewis” ou a lisergia messiânica de “Sangue de ET”. É nesses momentos que Lulina está mais para o veneno pop da jovem Rita Lee do que para a graça sem dimensão trágica de Fernanda Takai.
POR ALEX ANTUNES
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio