Depeche Mode
Jon Dolan
Publicado em 12/04/2013, às 13h34 - Atualizado às 13h36Veteranos celebram o poder da redenção, mas de forma peculiar
O 13º álbum do Depeche Mode tem fortes camadas de blues e gospel, influências que nem sempre são tão nítidas no espectro synth pop tristonho da banda britânica. Mas o mais importante aqui é o teor das letras, extremamente pessoais e expressando uma certa angústia e inquietação. David Gahan e Martin Gore nunca foram tão confessionais nestes 30 anos da conturbada carreira do Depeche Mode. Na faixa “Angel”, Gaham lamenta: “O anjo do amor baixou em mim / e, Senhor, eu me senti tão bem”, é possível perceber que a coisa é pra valer – ele tratou de um câncer em 2009. Em faixas como o single “Heaven”, o Depeche celebra um tipo de fé contemplativa, mas sem apelar para a autocomiseração punitiva. Já no arrasa-quarteirão “Soothe My Soul”, Gahan canta: “Eu estou me aproximando de você como se eu fosse um viciado”. É bom apostar que ele finalmente encontrou o Jesus pessoal dele, mas não foi exatamente na igreja.
Fonte: Sony