Redação Publicado em 12/03/2009, às 19h10
Nelson Sargento
Versátil
Natura Musical
Veterano do samba se mostra excelente compositor em mais de um gênero
Ele teve, entre seus professores de violão, Cartola e Nelson Cavaquinho, que se tornariam seus parceiros. Na ala dos compositores da Mangueira desde 1947, foi responsável por sambas-enredo clássicos, como "Quatro Estações", de 1955. Mas só se profi ssionalizou em meados dos anos 60 (depois de ter sido de pintor de paredes a... sargento do exército, e de ter música gravada por Elizeth). Foi quando começou a se apresentar no Zicartola, e em vários espetáculos em que o samba ganhou a intelectualidade de classe média do Rio, como o musical Rosa de Ouro e os grupos Voz do Morro e Cinco Crioulos, ao lado de gente como Paulinho da Viola, Cyro Monteiro e Clementina de Jesus. Em 78, teve seu primeiro grande sucesso, "Agoniza mas Não Morre", na voz de Clara Nunes, e pôde gravar seu primeiro disco solo. Agora, aos 84, chega a seu quinto álbum, ao lado do parceiro e (ótimo) produtor Agenor de Oliveira, da geração de sambistas dos anos 80. Ou seja, o homem é a história do samba, e não precisaria provar mais nada. Mas Versátil, com 14 composições (sete inéditas mais parcerias com Cartola, Maurício Tapajós e Dona Ivone Lara, esta de 1947), é um delicado arraso, em que além de passear por todos os subgêneros do samba, da marcha-rancho ao partido alto, Nelson ainda manda uma valsa instrumental com Wagner Tiso, um bolero e um foxtrote extremamente jazzy e bem-humorado, com letra ao modo de Lamartine. Mas é interpretando "Ciúme Doentio", parceria com Cartola, ao lado de Zeca Pagodinho, que Nelson Sargento soa, simplesmente, como o samba em si.
Alex Antunes
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