O Rappa
Marcos Lauro Publicado em 12/09/2013, às 18h38 - Atualizado em 10/03/2014, às 15h42
Depois de um hiato, banda do cantor Falcão retorna enxuta e com a identidade sonora reforçada
Se tem uma coisa que O Rappa soube construir nestes quase 20 anos de carreira (o primeiro álbum, homônimo, é de 1994) foi a identidade sonora. Logo nos primeiros acordes é possível saber que são Falcão, Xandão, Lauro e Lobato no comando daquela mistura de rock, reggae, dub, raggamufin e afins. Mesmo cinco anos longe dos estúdios – com dois anos de pausa nesse ínterim –, o grupo consegue manter essa identidade, que ganha um acessório neste novo trabalho: a produção extremamente cuidadosa de Tom Saboia. Em Nunca Tem Fim... é possível ouvir cada detalhe do complexo som da banda. O baixo tem destaque para garantir o groove característico d’O Rappa. Quem comprar o disco via iTunes vai receber o resultado de uma mixagem especial para internet, que garante a qualidade mesmo com o som comprimido digitalmente.
Outro destaque é Marcelo Lobato, que se garante como o “professor Pardal” do grupo. Quase todos os samples, efeitos e sons sintéticos do disco saem das mãos dele. Lobato é responsável até pelo som ambiente de uma cabine de aeronave, que entra na faixa “Cruz de Tecido“, composta em homenagem às vítimas do grave acidente aéreo ocorrido em Congonhas, São Paulo, em 2007. Uma faixa que reúne todo esse groove, os detalhes e a produção cuidadosa é a última, “Um Dia Lindo”. Com a participação do rapper Edi Rock, do Racionais MC’s (que acabou de lançar seu trabalho solo), a música tem todos os elementos que reforçam a “identidade Rappa”. Nunca Tem Fim…, que também sai em vinil, só prova que O Rappa não é uma força gasta.
Fonte: Warner
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