Lucas Santtana
PEDRO HENRIQUE ARAÚJO
Publicado em 13/02/2012, às 10h57 - Atualizado às 10h59Lucas Santtana não é mais novidade. aos 42 anos, já tocou com medalhões da MPB, emprestou suas habilidades para muita gente e construiu uma carreira sólida com discos bem aceitos. O Deus que Devasta mas Também Cura é o quinto álbum do baiano radicado no Rio de Janeiro há 17 primaveras e conta com a participação de Letieres Leite & Orquestra Rumpilezz, Céu, Kassin, Curumin, Guizado e os irmãos Rica e Gui Amabis, que antecipou a música que dá nome ao álbum em seu disco Memórias Luso Africanas, lançado no ano passado. Com referências sólidas de música jamaicana, funk carioca e outros ritmos, Lucas se aventura a falar mais de amor e a fazer homenagens, como em “Se Pá Ska .S.P”, que fala de São Paulo;“Pra Onde Irá Essa Noite?” é inspirada em noites maldormidas paulistanas. “Ela É Belém”, uma ode ao tecnobrega do Pará, começa calma e escondendo as batidas eletrônicas características da música do estado. O cavaquinho, que lembra algumas canções do Parada de Lucas (2003), marca a animada “Dia de Furar Onda no Mar”, em parceria com o filho Josué, de 9 anos. E para fechar o baile tem “O Paladino e Seu Cavalo Altar”, uma versão dançante para “This Is Not the Fire”, da banda inglesa My Tiger My Timing. Uma hora dessas o Brasil descobre o potencial pop de Lucas Santtana. Enquanto isso não acontece, os ouvidos privilegiados saboreiam sua obra.
Fonte: Independente/Diginóis