No Doubt
Paulo Terron
Publicado em 22/10/2012, às 16h47 - Atualizado às 16h49Banda tenta recuperar o tempo perdido, depois de uma década parada
Para um grupo pop como o No Doubt, é arriscado ficar mais de dez anos sem lançar um álbum de canções inéditas. O mundo e a estética sonora mudaram completamente – mas é nos momentos em que a turma de Gwen Stefani tenta agarrar o zeitgeist pelo cabelo que Push and Shove funciona melhor: “Looking Hot” tem teclados estilo glamouroso dos anos 80, mas é reforçada por um batidão que tem mais a ver com o quarteto, com um break de reggae no meio, em uma explosão de estilos que surpreendentemente funciona; “Settle Down” é uma atualização do estilo “Jamaica modernete” de Rock Steady (2001); e a faixa-título tem até elementos domesticados de dubstep mesclado a uma batida pop que caem muito bem ao lado da voz de Gwen. O problema é quando a banda entra no automático em faixas como a balada “Undone” e “Sparkle”, que remete às origens mais orgânicas do No Doubt.
Fonte: Universal