Quinteto não ousa e solta álbum consistente, mas repleto de ideias antigas. - Divulgação

Redeemer of Souls

Judas Priest

Luiz César Pimentel Publicado em 15/08/2014, às 15h03 - Atualizado às 15h20

As abrem largo caminho para ressurreições e para carreiras cada vez mais longevas de artistas que superaram a crise da indústria. O problema é que os sobreviventes ou vivem do próprio passado ou enfrentam a carreira pregressa como principal adversário. O Judas Priest se encaixa na segunda categoria. Está aí há 40 anos, e lança agora Redeemer of Souls, o 17º álbum de estúdio. Só que o passado glorioso os condena à inevitável comparação. Estão lá o timbre característico do vocalista Rob Halford e as guitarras gêmeas que tanto influenciaram outras bandas de heavy metal. Só que um dos gêmeos da guitarra não está mais na banda – KK Downing saiu em 2011 – e o substituto, Richie Faulkner, briga para disfarçar a virtuose e encaixar seu estilo nessa tentativa de emular os anos dourados. Mas o álbum sem dúvida tem bons momentos, como “Dragonaut” (a faixa de abertura), “Redeemer of Souls”, que soa como sobra de Sad Wings of Destiny (1976), “Metalizer” (que ecoa a clássica “Painkiller”, de 1990) e “Battle Cry”, dona de intrincadas guitarras siamesas.

Fonte: Sony

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