Franz Ferdinand
Rob Sheffield
Publicado em 12/09/2013, às 19h17 - Atualizado às 19h18Quarteto escocês quebra o silêncio em estúdio
Fazia tempo que não ouvíamos nada novo do Franz Ferdinand. Right Thoughts, Right Words, Right Action é o primeiro trabalho deles em quatro anos. Esses rapazes da Escócia foram responsáveis por três dos discos mais deslumbrantes da última década, criados em um embalo de cinco anos. Assim, ninguém se surpreendeu que eles precisassem de um tempo para recuperar o fôlego dentro do estúdio. O quarteto retorna louco por sangue, mandando ver nas guitarras, no punk e no glam. Se alguém pensava que o Franz Ferdinand iria voltar macio, nada a ver. Aqui, eles fundem os elementos básicos da música que fazem, como o espectro dançante de Tonight (2009) e o impacto do hard rock de You Could Have It So Much Better (2005). Eles ainda têm sexo na cabeça. Quando Alex Kapranos canta “Eu gostaria que você estivesse, aqui, se o tempo permitir”, ele soa como um marinheiro excitado. As composições exploram sexo e romance com sutileza de artesãos, mesmo em “Bullet”, uma ode delirante e acelerada à obsessão erótica. “Treason! Animal” segue pela estrada como se fosse Deep Purple das antigas improvisando com LCD Soundsystem quando Kapranos canta: “Eu estou apaixonado por uma narcisista”. E “Love Illumination” junta disco music e prog rock. O resultado é ao mesmo tempo sedutor e bizarro – o tipo de material que somente o Franz Ferdinand seria capaz de criar.
Fonte: Domino/Sony