Djavan
Mauro Ferreira
Publicado em 13/09/2012, às 10h07 - Atualizado às 10h08Cantor trafega com competência em primeiro disco de inéditas em cinco anos
Djavan reforça a assinatura de repertório atemporal no balanço de “Já Não Somos Dois”, no toque jazzístico do minuto final de “Anjo de Vitrô” e na cadência do samba “Acerto de Contas”, faixa que vai contentar saudosistas do compositor da década de 70, mais voltado para uma brasilidade diluída em seu cancioneiro ao longo dos anos. De tristeza realçada pelos sopros de Marcelo Martins e Jessé Sadoc, a desiludida balada “Bangalô” expõe melancolia que reverbera em “Ares Sutis”, tema em que salta aos ouvidos o toque personalíssimo do violão de Djavan. “Vive”, canção dada a Maria Bethânia, rejeita o sofrimento, abrindo caminho para o final feliz de “Rua dos Amores”, encerrado em tons interiorizados com a lírica faixa-título, destaque do disco que reitera cânones ao apresentar 13 músicas compostas, arranjadas e produzidas pelo autor, senhor de si e de sua obra.
Fonte: Luanda Records/Universal Music