Redação Publicado em 09/05/2009, às 08h45 - Atualizado em 12/05/2009, às 21h20
Mariana Aydar
Peixes Pássaros Pessoas
Mercury/Universal
Ao chacoalharmos uma árvore hoje no brasil, não caem frutos, mas cantoras. A profusão por vezes causa equívocos, e desses poucas escapam. É o caso da paulistana Mariana Aydar. Herdeira do quase-minimalismo melódico e harmônico do pai, Mário Manga (do Premeditando o Breque), a intérprete e compositora faz um disco em que o samba predomina e ao mesmo tempo extrapola seus domínios. O gênero aparece salpicado ora de alguma eletrônica, tempo de componentes latinos, o que lhe dá um ar pop e indisfarçavelmente contemporâneo, obra da cantora em parceria com os produtores Duani e Kassin. Cavaquinhos, violões de sete cordas, tamborins, reco-recos e ganzás convivem harmoniosamente com teclados, guitarras e baixos sintetizados. Explorando um pouco mais as regiões graves da voz, Mariana Aydar consegue resultados simplesmente arrebatadores em temas como “Aqui em Casa” (dela e Duani), “Florindo” (Duani), sambas dos bons com versos bem construídos e harmonias de qualidade, “Beleza” (Luisa Maita/Rodrigo Campos), dueto com a cabo-verdiana Mayra Andrade, “Pras Bandas de Lá” (Duani), samba-marcha com certo ar tropicalista – lembra na estética o que Gilberto Gil e Caetano Veloso faziam no final dos anos 60 – e “O Samba Me Persegue” (Duani), partido alto com participação de Zeca Pagodinho. Peixes Pássaros Pessoas é um disco de sambas, pistas, salas e quintais, com o sabor do mundo.
TONINHO SPESSOTO
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio