Felipe Cordeiro
Marcelo Costa Publicado em 10/12/2013, às 07h09 - Atualizado às 07h10
Cantor prova em CD eclético que o som que vem do extremo norte é a bola da vez
Amor, terceiro álbum do paraense Felipe Cordeiro, marca a consagração estética do cantor. A produção esperta dividida entre Carlos Eduardo Miranda e Kassin valoriza o conceito de um trabalho feito para dançar coladinho ou então requebrar sem culpa. O maior mérito do disco é desejar transformar Odair José, Beto Barbosa e Caetano Veloso em uma entidade só. Para isso, são apresentadas canções que namoram com a cúmbia, resgatam a lambada e ainda piscam o olho para o mambo, dub, guitarrada, rock e o que mais estiver arrastando o pé no salão. Duas canções grudam: “Problema Seu”, de riff de guitarra empolgante e letra esperta, e a dançante “Ela É Tarja Preta”, parceria de Cordeiro com Betão Aguiar, Luê e Arnaldo Antunes. Mas há mais: a suave “Trelelé”, “Alta Voltagem” (que aproxima Felipe Cordeiro de Marcelo Jeneci via Guilherme Arantes), “É Fogo” (trazendo Silva nos sintetizadores e no teremim) e a versão esperta da antiga “Marcianita”. A provocativa “Breá Époque” quer provar que a Belle Époque parisiense do final do século 19 está sendo revivida na Belém do século 21 – só que com mais suor. Se Apaixone pela Loucura do Seu Amor flagra o músico paraense no momento em que ele se traduz completamente brasileiro, em um disco para ser ouvido pelo Brasil e pelo resto do mundo.
Fonte: Independente
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