Redação Publicado em 08/12/2009, às 19h26 - Atualizado às 19h26
Slayer
World Painted Blood
Sony Music
Um cd sem surpresas, o que de certa maneira é uma boa notícia para os fãs ortodoxos do thrash metal do Slayer. Afinal, ao contrário de bandas do estilo que se perdem com o estrelato, o quarteto jamais se afastou das origens. Em consonância com essa fidelidade, a faixa-título abre a sessão no espírito dos bons tempos do clássico disco Reign in Blood. A introdução de “World Painted Blood” tem referências da canção “Raining Blood”. Apesar de já ter dito algumas vezes que está velho para o metal, Tom Araya continua sendo um vocalista furioso. Em vez de cantar, ele vocifera letras com temáticas nervosas já bem conhecidas do público que acompanha o quarteto, como morte, doenças, destruição, o apocalipse, enfim. Das 11 faixas do repertório, a mais diferente de tudo que a banda já concebeu é “Playing With Dolls”. Ela conta com um trabalho entrosado entre as guitarras de Jeff Hanneman e Kerry King, que se complementam de forma simples e eficiente. Embora seja muito peculiar, “Human Strain” possui, em algumas sutilezas, semelhanças com outro clássico da banda, “Seasons in the Abyss”. O destaque, porém, é “Psychopathy Red”, um tiro de curta distância disparado por um poderoso canhão. Quero dizer, uma faixa rápida, em todos os sentidos, orquestrada pela bateria inconfundível do mestre Dave Lombardo.
CARLOS MESQUITA
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