Cantora volta ao rock tradicional em álbum mais calibrado. -

SETEVIDAS

Pitty

Mariana Tramontina Publicado em 16/06/2014, às 16h10 - Atualizado às 16h14

Os dois anos que Pitty dedicou ao projeto Agridoce ajudaram a aliviar as tensões. Há mais de uma década servindo como principal representante feminina do rock nacional, ela agora une a maturidade dos quase 37 anos ao desprendimento de não ter de provar nada a ninguém. SETEVIDAS traz a música vestida em seus modelos mais ortodoxos e resulta no trabalho mais estável e calibrado da carreira da cantora – como ocorre no rock básico e sem grandes invenções “Deixa Ela Entrar”. A voz é vigorosa, mas Pitty já não grita mais, evitando dramatizar os versos carregados de insatisfação e críticas sociais. O vocabulário, por outro lado, continua repleto de sílabas longas, uma marca da composição da artista. Ela também revela influências– ecos de Muse e Queens of the Stone Age reverberam em “Lado de Lá”, “Pequena Morte” e “A Massa”. SETEVIDAS aposta nos formatos mais convencionais do rock movido a guitarras – e mostra que não há nadade errado nisso.

Fonte: Deck

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