Cat Power
Bruna Veloso Publicado em 13/09/2012, às 09h59 - Atualizado às 10h01
Depois de hiato, cantora volta às faixas autorais com sensibilidade renovada
Tudo tem seu tempo, e Chan Marshall tem o dela: mais especificamente, seis anos, período que levou para que ela lançasse um novo disco de inéditas depois do belo The Greatest. Sun atesta, mais uma vez, o brilhantismo de Cat Power como compositora (“Ruin”, “Manhattan”, “Real Life”), mas não só isso. Ela deixa a melancolia sonora – embora nas letras, ela ainda apareça – dos pianos lamuriosos e envereda pelos caminhos inusitados dos sintetizadores. Os efeitos eletrônicos são utilizados com maestria por Chan, que tocou quase tudo nas gravações, além de ter produzido as músicas. Há até um mantra de positividade, “Nothin’ but Time”, de quase 11 minutos, com a participação de Iggy Pop. Como uma chef, a cantora salpica todos os ingredientes de forma livre, mas distante do exagero, tendo como resultado um punhado de canções diferentes de tudo que ela fez anteriormente – mas tão intensas quanto.
Fonte: Matador/Lab 344
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