Redação Publicado em 11/12/2008, às 19h51
Travis
Ode to J. Smith
Sony/BMG
Descontração e informalidade dão o tom em novo trabalho dos escoceses
Se hoje Chris Martin pode chorar seus poemas tristes em cima de um palco, a culpa é do Travis. No ótimo The Man Who, o quarteto escocês foi o primeiro grupo a enxugar os excessos do Radiohead e misturar com o folk inglês dos anos 60 para iniciar o processo do easy rock do século 21. Três álbuns depois, a banda chega a Ode to J. Smith tendo enfrentado o estrelato (The Man Who e The Invisible Band ficaram entre os mais vendidos em seus anos de lançamento), experiências de quase-morte (o baterista pulou de cabeça numa piscina vazia) e uma calmaria na carreira (a ponto de produtores brasileiros recusarem se envolver na tour pela América do Sul, ano passado). A experiência, no entanto, deixou a banda mais solta. Ao contrário dos trabalhos anteriores, o novo disco foi gravado em duas semanas e lançado com um intervalo de um pouco mais de ano em relação ao anterior. O resultado se aproxima do som da estréia, o roqueiro e desencanado Good Feeling: guitarras ditam todas as 11 faixas. Elas são bubblegum como Weezer um dia foi em "Something Anything", puxam uma homenagem ao R.E.M. independente em "Friends", servem de apoio épico à triste "Before You Were Young" e sabem até quando sair de cena em "Last Words", levada no banjo de "Flowers in the Window".
Rodrigo Salem
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio