Redação Publicado em 09/06/2009, às 17h24 - Atualizado em 11/06/2009, às 15h50
Nando Reis e os Infernais
Drês
Universal
No quarto álbum em que divide os créditos com sua banda, o ex-Titã está de volta ao rock
A noção de que o violão representa o instrumento oficial da MPB há muito se incutiu no inconsciente coletivo. Para Nando Reis, cujo trabalho solo sempre foi centrado nessa ferramenta musical, isso nunca perturbou, mas volta e meia confundiu quem quis situá-lo dentro de alguma cena. Não por tirar a teima de ser colocado no escaninho pop ao lado da MPB ortodoxa nem por sentir saudade do estardalhaço de sua ex-banda, Nando Reis fez o álbum mais roqueiro de sua carreira fora dos Titãs. Drês nasceu assim porque é o trabalho de maior interação entre Nando Reis e os Infernais, um quinteto que foi se burilando em shows e que traz a mesma formação desde a turnê que sucedeu o lançamento do álbum MTV ao Vivo, de 2004. “Hi, Dri!”, “Driamante” e a faixa-título foram explicitamente inspiradas na mais recente musa de Nando Reis e todas as músicas trazem a forte carga subjetiva do cantor, compositor e violonista. Ainda assim, o arranjos foram compostos coletivamente, em grande parte em Ubatuba, onde Carlos Pontual (guitarra), Felipe Cambraia (baixo), Diogo Gameiro (bateria) e Alex Veley (teclados) passaram alguns dias antes de entrar em estúdio. Enquanto tenta explicar (e entender) o relacionamento que tem com seus entes queridos, como em “Só pra So” ou na emocionante “Conta”, ou o mundo a seu redor, como faz em meio ao peso e groove de “Mosaico Abstrato”, Nando Reis se expõe muito mais e por vezes não segue o livro de receitas de hits que ele mesmo escreveu. Levou três anos desde Sim e Não, seu último álbum de estúdio, até chegar em Drês. Com o violão a tiracolo, não errou o caminho.
José Júlio do Espirito Santo
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