Redação Publicado em 03/09/2009, às 10h56 - Atualizado às 10h56
Wado
Atlântico Negro
Independente
Brasilidade dá o tom em novo do cultuado cantor
apesar de sempre ter utilizado elementos regionais em seu trabalho, Atlântico Negro é o disco mais brasileiro de Wado. A guitarra e os elementos roqueiros ficam ainda mais de lado do que em seu último trabalho, Terceiro Mundo Festivo, e os holofotes focam todos na música nordestina. Não à toa o cantor chega a brincar nos bastidores que este é um disco bem Ivete Sangalo. A mistura no disco é mais literária que sonora, como o medley de “Jejum” com “Cavaleiro de Aruanda” (sucesso com Ney Matogrosso e Ronnie Von) e nos versos do poeta moçambicano Mia Couto em “Estrada” e “Hercílio Luz”. O afoxé “Estrada” abre o disco com ótimo astral e um clima dançante nunca visto no trabalho do cantor. Wado não esquece o samba, que aparece em sua forma mais tradicional em “Martelo de Ogum”. O lado melancólico se faz presente nas bonitas “Pavão Macaco” e “Frágil”, as músicas mais românticas do disco. Para terminar chocando do mesmo jeito que começou, o disco conta com uma regravação do “Rap da Guerra do Iraque”. Atlântico Negro é, ao final, o trabalho mais ousado do cantor até aqui.
POR TIAGO AGOSTINI
Angry Cyclist
When Was The Last Time
God’s Favorite Customer
Libido
Liberation
Tanto Ódio