Ke$ha
Rob Sheffield
Publicado em 11/01/2013, às 16h37 - Atualizado às 16h42Cantora foca no rock, mas mantém premissa frívola
Ke$ha nasceu para ser uma estrela do rock and roll, e trabalhou para tornar Warrior o seu manifesto roqueiro. Ela diz que a faixa “Last Goodbye” foi inspirada em “For the Turnstiles”, do Neil Young; o single “Die Young” é, segundo o produtor Benny Blanco, a versão dela para “rock hippie antigo” – comparação bizarra, já que para o resto de nós soa meio como Taio Cruz. Mas Warrior tem, sim, um senso maluco de rock. “Only Wanna Dance with You”, por exemplo, é uma divertida e malvada paródia do The Strokes. Quando ela traz Iggy Pop para cantar em “Dirty Love”, o tesão dela pela vida é inquestionável, como ele mesmo cantou antigamente em “Lust for Life”. O único jeito de Ke$ha falhar no gênero seria com músicas sensíveis, espirituais e acústicas. Ela faz isso em um terço do disco, infelizmente, quando deveria mesmo descartar as baladas, porque mostra muito mais de sua personalidade em faixas loucas e estridentes para as pistas, como “C’Mon”, “Thinking of You” e “Crazy Kids”. Ke$ha não é a primeira estrela do rock a descobrir que as ideias mais baratas, cruas e bobas são as melhores. De fato, é assim que você percebe que ela é uma verdadeira roqueira.
Fonte: Sony