Editors
Mariana Tramontina
Publicado em 09/08/2013, às 11h24 - Atualizado às 11h27Em meio a grandes ambições, ingleses voltam sem rumo no quarto disco
O Editors nunca foi um exemplo de identidade, mas sempre contou com artifícios fáceis de reconhecer: a voz poderosa de Tom Smith e as guitarras estridentes de Chris Urbanowicz. Do pé no pós-punk em The Back Room (2005) ao rock de arena de An End Has a Start (2007), eles entregaram a alma aos sintetizadores dos anos 1980 em In This Light and on This Evening (2009). Agora, este quarto disco dos ingleses é um mergulho intenso nos elementos eletrônicos que haviam experimentado no álbum anterior para chegar a um som épico e grandioso. Com as novas ambições, o Editors deixou escapar o guitarrista Urbanowicz, que abandonou o grupo por “divergências musicais”. Com ele, foi-se uma das armas mais poderosas da banda: os ótimos riffs e o peso das guitarras. Sobraram aqui as referências a U2 e Depeche Mode e uma balada com jeito de a-ha (“What Is Thing Called Love”). Até os vocais potentes de Smith soam enfadonhos, quase ressentidos, nos fazendo torcer para que tudo termine logo.
Fonte: Pias