Redação Publicado em 07/10/2009, às 16h15 - Atualizado às 16h15
Ociloscope
Intrigante radiografia de um artista cuja influência se estende por quatro décadas
Nascido na América, mas radicado na Inglaterra, Scott Walker não é exatamente um nome que esteja na boca de muitos, embora sua lista de admiradores seja um autêntico quem é quem da música pop. Neste clube VIP se encontra David Bowie, doente por Scott e produtor deste documentário. Aqui, membros do Radiohead, Johnny Marr, Brian Eno, Jarvis Cocker, Damon Albarn, Sting, Marc Almond e outros viram embasbacados garotinhos de 12 anos quando ouvem a música de Scott. O artista em questão não se apresenta ao vivo, raramente dá entrevistas, lança discos com intervalo de dez anos e possui escassa vida pública. Por isso foi um grande mérito do diretor Stephen Kijak tirar o astro recluso e enigmático de sua toca. Scott é articulado e um pouco ansioso, mas deixa para trás a imagem de gênio louco. O que fica evidente em 30 Century Man é a dicotomia da arte de Scott e a confusão que apresenta o seu legado. Permanece o vocalista privilegiado e romântico existencialista ou o hermético autor que faz música para pouquíssimos ouvirem?
POR P.C.
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