As Sufragistas

A trama de As Sufragistas resgata o episódio das lavadeiras inglesas que, entre 1912 e 1913, organizaram sucessivas passeatas protestando ante abusos cometidos contra a mulher e reivindicando o direito de votar. Os agrupamentos foram repreendidos com o uso da força, o que levou o caso ao parlamento inglês e à posterior conquista dos direitos femininos. Em meio aos conflitos, Carey Mulligan vive uma jovem operária manifestante, que, por causa desse lado ativista, vê seu casamento ruir, além de ser privada da convivência com o filho pequeno. O roteiro de Abi Morgan liga esse registro fictício aos fatos reais, enquanto a direção de Sarah Gavron detalha tudo com delicadeza e força. O filme ganha pontos ao retratar um episódio que tem pouco mais de um século e, mesmo assim, ainda não representa uma conquista plena, já que desigualdades persistem (escancaradas em algumas sociedades, veladas em outras). Nos extras, há três documentários que mostram a recriação da época e discutem a importância de trazer uma história como essa para os dias atuais.