Redação Publicado em 06/06/2011, às 16h12 - Atualizado às 16h14
Poucas bandas carregam o legado que o Pixies deixou no rock; poucas ganharam tanta repercussão após encerrarem suas atividades; poucas expuseram tão escancaradamente suas intimidades. Em 1992, o quarteto se desfez de uma hora para outra, porque o líder, Charles “Black Francis” Thompson, assim o quis. Em 2004, contrariando expectativas quase nulas, o Pixies retornou às atividades e mergulhou em uma turnê norte americana. Lançado em 2006, LoudQUIETLoud retrata o exato momento dessa reconciliação e os detalhes que definiram o reencontro de personalidades tão ímpares e socialmente desconectadas. Reuniões constrangedoras, bastidores de shows silenciosos e a tediosa vida na estrada foram registrados com o completo aval da banda e, aparentemente, com poucas restrições aos cineastas Steven Cantor e Matthew Galkin. Como extrato de um momento único que é, o longa surpreende pela sinceridade com que mexe em feridas abertas que talvez devessem permanecer intocadas – o problema do baterista David Lovering com drogas, a insegurança de Kim Deal com a condição de ex-alcoólatra, a impaciência de Joey Santiago, as idiossincrasias de Black Francis –, além de ir fundo na principal questão que define a singularidade da banda: a não necessidade da comunicação verbal. Fica claro que, no caso do Pixies, o papo só ocorria no palco, por meio da música, tocada furiosamente e em alto volume.
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